Dream in Germany - 15º Capitulo

Té té,

Espero que não se tenham assustado com o meu último post, foi só mesmo porque me apeteceu e porque faltava um comentário por causa do blogger -.-, nunca pensei em parar de postar hahaha Mas posso é começar a postar, e mesmo comentar os vossos blogs, com menos frequência, peço desculpa. E desculpem por terem de esperar tanto tempo para ver o Bill na minha fic =|
Beijinhos <3

15º Capítulo

Antes de sair mesmo da loja foi arranjar-se à casa de banho, quando viu que tinha um aspecto minimamente decente foi á rua á procura do primeiro e mais básico requisito para começar uma vida decente: um emprego! Sabia que não seria fácil - não tinha curriculum nem tão pouco documentos ou alguma coisa que a recomendasse - mas a hipótese de ser impossível estava longe da sua mente. Um ano antes teria jurado solenemente que jamais trabalharia como empregada de limpeza pois era algo que detestava e estava muito abaixo das suas capacidades, eram como se lhe tirassem toda a dignidade mas, naquela situação, dava tudo para ter um emprego, mesmo que fosse de empregada de limpeza. Estava mesmo do centro de Hamburgo e não eram raras as lojas que pediam pessoas ora para atender os clientes o ora para limpeza. Mas quando se apresentava ao balcão de uma loja que pedia uma pessoa para vender bastavam as simples palavras "vim por causa do emprego" para a quem estivesse atrás do balcão virasse a cara. Quando eram para limpeza eram as palavras "Não tenho documentos". Mas com anúncios que via na rua, nas lojas e nos jornais a pedirem donas de casa não havia problemas, até a verem pessoalmente. Já passavam das duas da tarde quando, finalmente, percebeu que teria que começar por outro lado. Poderia tentar legalizar-se mas teve medo que a expatriassem. O mais fácil seria arranjar um sítio para viver, visitou assim vários apartamentos, casas e quartos para alugar mas nada estava ao seu alcance. Viu também o preço de hotéis, motéis e albergues mas continuavam caros apesar de já conseguir pagar umas noites. Não tinha muito mas tinha o dinheiro que estava na sua pose, nos seus mealheiros e na sua conta quando saiu de Portugal. Apontou a morada e seguiu mais sorridente pois tinha a certeza que durante, pelo menos, umas noites iria ter uma cama e um teto. Faltava agora a alimentação mas não foi difícil encontrar um supermercado com preços acessíveis. No ultimo em que entrou que foi onde encontrou os produtos mais baratos, comprou uns pães, fiambre, sumos e foi almoçar num parque ali perto. Já passavam das duas da tarde quando se pôs a caminho do concerto dos Tokio Hotel, estava desejosa de os ver e curiosa para saber como iria reagir, como estavam os rapazes e quais eram as suas novas musicas. A sua ansiedade não era menor daquela que sentiu alguns anos antes quando se encontrava no seu país natal, com as suas amigas na fila para o concerto. Os minutos pareciam anos e o caminha pareceu mais longo que nunca. Quando, por fim, chegou ao local do dito concerto e não encontrou ninguém. Sentou-se no passeio e deixou os seus pensamentos fluírem mas rapidamente esbarraram na falta de heroína. Num dia normal, por esta hora, já estava pedrada. Os sintomas aumentavam de segundo para segundo mas não era de estranhar, á muito que os deveria estar a sentir mas a sua agitação e determinação afastaram-nos. Assim ficou até ao concerto começar, a tentar ver-se livre da dor de cabeça e do cansado do corpo.