Dream in Germany - 8º Capítulo

Olá ^w^

Obrigada por não se importarem com a linguagem
Este escrevi especialmente para a Bruna ;D
Beijinhos

Capítulo 8

Maik continuava atrás dela como um cachorrinho… mal tratado pois Luísa não lhe dava a mais pequena atenção, não atendia a o mais amoroso pedido e mal ouvia as palavras cheias de sabedoria e experiência que lhe saíam da boca. Passado uma hora, enquanto Luísa ainda vasculhava todas as divisões da casa – onde às vezes encontrava cenas não muito agradáveis e outras onde interrompia cenas íntimas. Estavam a descer as escadas – ela a liderar e ele a seguir – quando um devaneio passou pela cabeça dele «nunca andaste feito cachorrinho atrás de ninguém e andas agora atrás de uma estrangeireca qualquer que não te liga nenhuma, não quer saber de ti para nada e ainda te desdenha?!». Então, como se não fosse nada, virou-se e seguiu caminho pelas escadas acima. Os seus passos eram ruidosos e fizeram com que a morena se virasse. Hesitou por um momento e pensou em segui-lo mas depois retomou o seu caminho. Afinal, era a sua primeira noite de liberdade naquele país aparentemente hospitaleiro, não a ia desperdiçar atrás de um rapaz qualquer! Apenas se esqueceu de um pormenor, aquele não era um rapaz qualquer! Aquele foi o primeiro rapaz a acolhe-la ali, foi quem a protegeu do frio com o seu caso, foi quem lhe proporcionou a sua primeira trip e foi quem a trouxe para aquela festa e, sobretudo, era a única pessoa que conhecia, a quem poderia recorrer. Todos estes factos percorreram a mente de Luísa em menos de dois segundos mas mesmo assim não foram suficientemente fortes para fazer com que ela fosse atrás dele: a sua ânsia por tudo o que era novo era muito maior. Assim, enquanto Luísa vivia a liberdade que nunca teve, Maik debatia-se para não chorar. Ali estava ele, encostado a um canto desconhecido da casa, ignorando os casais que passavam á sua frente para terem um momento de intimidade num dos quartos daquele andar, ignorando as batidas das inúmeras musicas que se faziam ouvir, ignorando as tentativas em vão de o animar feitas pelos amigos que passavam por lá. E assim ficava ele, com os dedos a percorrem os grossos fios dourados que brotavam do ser couro cabeludo. Todas as manhãs fazia aqueles gestos, porém, mais vagarosamente para dar a impressão que estava despenteado, que não despendia demasiado tempo em frente ao espelho mas, na verdade, era oposto! Era um vaidoso de primeira e passava horas em frente ao espelho! Mas, naquele momento, nada disso importava. Não importava que os boxers estivessem demasiado à mostra – sim, demasiado, pois normalmente andavam à mostra. Tão pouco tentava arranjar a sweat que se amarrotava sempre que punha a cara nos joelhos numa tentativa de esconder as lágrimas. E não fazia a mínima ideia se o chão onde estava sentado iria sujar as calças de ganga, rotas, gastas e perfeitamente engomadas por ele. E tudo isso, pensava, não chegava para a atrair?