Dreamin Germany - 5º Capitulo

Olá,

Estou aborrecida...
E parece que toda a gente decide ir de férias quando eu posso sair...
Vá, boa leitura :*

5º Capitulo
Luísa percorreu o caminho até ao metro a chorar. Comeu a correr uma sandes e encaminhou-se para o metro que a levaria ao aeroporto. O metro rapidamente chegou ao seu destino e, tal como muitas outras pessoas, encaminharam-se para o grande placard no centro deste grande edifício. O voo partiria dali a meia hora, como não queria perde-lo, Luísa passou pelo controlo de bagagem de mão e foi esperar que a porta abrisse. Agradecia a todos os santinhos por não terem pedido o B.I. dela, essa era a vantagem de aparentar mais anos do que tinha realmente e de estar a viajar numa companhia low-cost onde tudo era feito á pressa e com pouca revisão.
Em pouco tempo estava dentro do avião onde visões de momentos bastante felizes do seu passado a assombraram. Tentou lembrar-se de todas as discussões com os pais, de todos os momentos em que foi gozada, que falhou e que chorou para aquela viagem fazer algum sentido. Tentou concentrar-se nas coisas que iria poder ver e fazer para afastar as lágrimas mas nada do que iria ver se poderia compara á beleza da sua terra natal. Pensou então nas pessoas que ia conhecer mas saberia que jamais iria nutrir por alguma delas um amor igual ao que nutria pelas pessoas que acabava de deixar. Pensou também na liberdade que iria ter mas isso não era nada comparado com o amor, carinho e protecção dos seus pais. Pouco depois subiram-lhe á cabeça as dificuldades que ia ter – a língua, o prosseguimento de estudos, a legalidade, o alojamento, a alimentação, os amigos – e a viagem começou a parecer-lhe uma grande estupidez mas ela era demasiado orgulhosa para voltar para trás e sabia que estava demasiado perto de concretizar um sonho para desistir dele. Assim, focou-se apenas nas coisas boas que iria encontrar e ocupou-se a desenhar possíveis soluções para os problemas que iriam surgir. Quando a assistente de bordo pediu educadamente aos passageiros que colocassem os cintos pois iriam aterrar o rosto da bela adolescente já estava seco. Apenas se passaram uns minutos mas devido á impaciência dela pareceram horas. Saiu do avião o mais rápido que pode e entrou na casa de banho que viu. Estava uma miséria: olhos vermelhos de ter estado a chorar, maquilhagem esborratada pela mesma razão, cabelo um confusão por ter estado a mexer nele e a roupa vincada por ter passado duas horas sentada. Assim, passou uma boa meia hora naquela espaçosa casa de banho e, apesar de estar num país diferente, não perdeu os velhos hábitos: tirou uma fotografia! Saiu da casa de banho e procurou a saída mais próxima, apanhou um autocarro e não queria acreditar quando pisou solo alemão pela primeira vez!