terça-feira, 24 de abril de 2012

Dream in Germany - 24º capitlo



Olá,

Como prometido cá está o capitulo desta semana. Espero que gostem e que eu não vos desiludo porque isto não está a ir nada bem...
Beijinhos

Capitulo 24
Assim que ela acordou de manhã sentiu um vazio, primeiro na cama depois na alma. Logo que se apercebeu que aquele com quem tinha partilhado os segredos mais intímos já não estava no mesmo espaço que ela mil e uma pergunta passaram-lhe pela cabeça, foi um sonho? ele não gostou? ele vai voltar?. Tentou racionalizar um pouco, primeiro tinha que se acalmar, não foi tarefa fácil mas lá conseguiu. Fez a sua rotina matinal normalmente  na casa-de-banho  e, só quando entrou novamente no quarto é que se apercebeu que estava um papel em cima de mesinha de cabeceira. Era uma folha em branco, estava dobrada em dois. Abriu-a. Depois de olhar para uns gatafunhos durante uns escassos segundos conseguiu ler «voltarei». Uma única palavra mas um turbilhão de sentimos. Estava feliz por saber que tinha sido tudo verdade, que ele ia voltar, que o amor era mútuo mas também ficou ansiosa, quando é que voltaria? voltaria mesmo? E como reagiriam Karl e Alexia? Respirou fundo e saiu do quarto, já estava atrasada, não sabia por que razão não tinha ouvido os violentos murros na porta para a fazerem despachar, como todos os dias. Desceu as escadas apressadamente e deu de caras com a Alexia toda sorridente.
- Bom dia -disse receosa.
- Bom dia querida - replicou muito alegre - A noite deve ter sido boa... - falou num tom sugestivo.
- Foi... - Pronunciou a medo - Até foi.
- Ainda bem que foi! - Abraçaram-se e a loira continuo - para o Karl também. O teu amiguinho foi bem generoso, sabias? - As faces da mais nova incendiaram-se - O Karl está disposto a dar-te uma semana, uma semana inteira de folga! - Os olhos de Luísa brilharam e um sorriso iluminou mas depois pensou melhor.
- E se eu trabalhar esta semana e sair mais cedo? Sempre me falaram em seis meses, seriam seis meses menos uma semana!
- Ah... - Desta é que ela não estava á espera, nem que quisesse trabalhar nem que acreditasse que sairia dali dentro de seis meses - Não sei... Terás que falar com o Karl. 
- Ok... Já que ele está ocupado vou comer e depois vou falar com ele.
Empanturrou-se de coisas boas e no fim foi, de facto, falar com o patrão. Também este ficou em choque mas acabou por dizer algumas palavras doces para sossegar a rapariga para que esta continuasse a fazer o seu trabalho que tanto dinheiro lhe tinha rendido.
Os dias passaram e as noites sucederam-se umas às outras, a fazer o que tinha de fazer. Nunca se queixou, nunca se deixou de cuidar, nunca se revoltou, nunca tentou fugir, tal como de antes, mas com uma esperança renovada e um objetivo bem maior: ele voltaria.

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